Análise do espaço doméstico/cotidiano

QUARTO

-Demarcações territoriais:

   O quarto, é o local de maior privação dentro da casa. O maior acesso e cuidado sobre ele, vem de mim. Com isso, é perceptível que diferentes partes e cômodos da casa tem um nível diferente de privacidade e de acesso. Em minha casa, esse nível este ligado a profundidade de acesso. Sala, copa e cozinha rodeiam a porta de entrada de maneira que o acesso a elas é igual. Porém, o corredor para os quartos impõe uma barreira imaginaria a um visitante. Dessa forma, os quartos se tornam muito restritos de acordo com a planta da casa



-Forma e usuário: o espaço da forma.

   A capacidade de acomodação do quarto, levando em consideração a disposição dos cômodos, pode nos dizer a competência daquele espaço. Antes mesmo de estar com a mobilha destinada a um quarto, a capacidade de acomodação daquele espaço nos leva a pensar nele como se não existissem outras variantes.

CASA

-Diferenciação territorial:

   O “acesso público” a residência, está relacionado com a disposição dos aspectos de acesso. Mesmo que em intensidade pequena, dentro de casa, existem demarcações de áreas específicas e para quem elas se destinam. Os cômodos próximos a porta de entrada, por consequência, acabam tendo muito mais circulação pelos moradores e visitas.



   Sendo assim, nessa área, todos que são recebidos, acabam usufruindo do cômodo no primeiro momento.

CONDOMÍNIO

-Demarcações territoriais:

   Assim como no exemplo das ruas fechadas de Bali, usado no livro, no meu dia a dia eu vivencio algo muito similar. No condomínio onde vivo, as demarcações são as mesmas. Existe um portão que delimita a entrada da rua, que se diferencia na utilidade. Enquanto para os balineses, ele serve para manter as crianças e animais do lado de dentro, aqui, serve para segurança. Porém, ele se assemelha no impacto causado sobre as pessoas, já que muitas vezes a rua pode ser de fácil acesso para não moradores, entretanto, eles tendem a se sentir como intrusos ou, no máximo, como visitantes.



-Demarcações privadas no espaço público:

   Apesar de a rua do condomínio não ser publica como a avenida, que está à frente, por exemplo, ainda existem ações de moradores que se sentem inclinados a expandir a esfera de sua influência pessoal para o espaço externo. Isso é perceptível por meio de ações como, bancos nas portas das casas, plantas, a escolha da arvore que está a frente de cada residência, ou ate mesmo a retirada de alguma delas.




-A rua:

   Diferente do que acontece atualmente, pelo fato de ser um espaço fechado, a rua onde moro, é um lugar onde o contato social entre moradores pode ser estabelecido. Com isso, a relação social é estimulada através da condição que os moradores vivem e com isso, eles estabelecem expectativas mutuas em relação ao espaço que dividem. Diariamente crianças brincam na rua e alguns moradores fazem exercício, além disso, o tráfego de carros é somente de habitantes, o que contribui ainda mais para o uso da rua.




VIZINHANÇA

-O espaço público como ambiente construído:

   Nas proximidades da minha casa, existe uma praça e a catedral do Divino Espírito Santo, ambas muito importantes para a história de Divinópolis. Graças a grande relevância e posição central das duas, esse espaço público construído, trouxe diversos serviços e produtos ao seu entorno, como sorveterias e restaurantes. Além disso, a grande agitação nesse espaço, trouxe um crescimento maior com relação a outras partes da cidade.



   Em amarelo, no entorno da praça, é possível perceber diversos serviços do ramo alimentício.

-O espaço habitável entre as coisas:

   As diversas irregularidades na praça, como, diferenças de níveis, pilastras, canaletas e jardins, representam um estimulo constante para os diferentes usos no dia a dia.


   As oportunidades de apropriação temporária das irregularidades são constantes e juntamente com elas, surgem a aproximação entre as pessoas presentes naquele entorno. Dessa forma, os pequenos desníveis podem ser usados como bancos, mesas , apoios ou até mesmo pelas crianças, para brincar.

-Grelha:

   A região central onde vivo, segue um ordenamento muito comum e conhecido desde o começo do planejamento urbano. Essa distribuição garante uma fórmula única para as disposições das terras. Os quarteirões quadrados e retangulares com lotes da mesma forma se estendem por todo o centro da cidade.


   Esse layout, reduz a proporções aceitáveis o efeito inevitavelmente caótico das diversas decisões isoladas. A grade é o meio mais eficiente de obter algum tipo de regulamentação e controle, dentro da sua simplicidade.



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